terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Livro - Contos Sem Classe, Textos Sem Curso - de Snake Eye's

Eis que finalmente perco a pouca vergonha que tinha na cara e resolvo mandar para o Clube de Autores o meu primeiro livrinho solo: uma coletânea de contos feitos para diversos concursos literários em que participei no ano passado, mas que, obviamente, não foram contemplados.
São, ao todo, 10 contos que passam pelas várias vertentes da literatura ficcional, desde a ficção realista até ficção científica.
Prefácio da escritora Jossi Borges, que leu e revisou a obra e, ainda por cima, teceu altos elogios (afinal, amigo é para essas coisas, rs).
Veja o livro na página do Clube de Autores e, se gostar, vc já sabe, rs...

Informações técnicas:
Número de páginas: 86
Peso: 176 gramas
Edição: 1(2011)
Acabamento da capa: Papel Couché 300g/m², 4x0, laminação fosca.
Acabamento do miolo: Papel offset 75g/m², 1x1, cadernos grampeados, A5, Preto e Branco.
Formato: Médio (140x210mm), brochura com orelhas. 
Valor: R$ 25,83 (com zero de direitos autorais, para não encarecer ainda mais... dose!!)

Prefácio de Jossi Borges:
Dentro de uma seleção de contos tão variada, podemos sentir, de forma soberba, o estilo colorido e luminoso de Snake Eye’s. Em todos os seus trabalhos flutua de maneira quase palpável uma névoa delicada de lirismo, poesia e sentimentos, que se entrelaçam e dão relevo a cada linha e palavra, transformando seus contos, narrativas e mini-contos em viagens oníricas onde nossos corações são dominados e sujeitados à beleza das emoções. E são diversas essas emoções, são diversos os sentimentos, mas predominando sempre a emoção suscitada pelo inusitado e pelo original. Alegria, curiosidade, romantismo, lirismo, suspense, ternura, adrenalina. Não é fácil analisar a obra de Snake; não se pode resumir o que cada conto nos transmite, exceto se usarmos a palavra “emoção” como sinônimo de fantasia-magia-amor, como se essas três palavras fossem uma única. 
Nesse belo trabalho, que reúne diversos temas nos quais ela tem trabalhado nos últimos meses – e que eu posso me gabar de conhecer, já que tenho o privilégio de ter lido muitos deles – temos exemplos perfeitos do que foi dito acima. Amor, lirismo e sensibilidade afloram no conto Amores Platônicos, onde ela descreve o amor não consumado como uma espécie de lição para os jovens e adultos que se deixam atrelar às convenções sociais estéreis. Gaiola Dourada, Morte Antiquada e Fogueira de São João e Seu Antônio tem o mesmo toque lírico, em que o amor, em qualquer de suas formas, é enaltecido, seja o amor pela vida, liberdade e natureza (Gaiola Dourada), o amor pelo trabalho e pelos objetos de valor afetivo (Morte Antiquada) e o amor pela família (Fogueira de São João e Seu Antônio). 
O terror, gênero tão difundido e bem aceito, tem seu representante nesta coletânea, com os contos Demônios nas Sombras, Espuma Branca em Céu Azul e Vovô Coveiro. No primeiro, o suspense que cativa o leitor, um estremecimento de medo a cada linha, onde o impensável pode acontecer, e de fato, acontece. Espuma Branca em Céu Azul tem o tom poético entremeado de sugestivas impressões que levam o leitor, lentamente, ao desenlace súbito e assustador, mas de certa forma, muito realista. Vovô Coveiro é um mini-conto onde o terror nada tem de sobrenatural, mostrando uma dura realidade de nosso dia a dia. A ficção científica de Snake em seu representante no excelente conto Do Pó ao Pó. Uma maneira original de mostrar a FC brasileira, Snake inspirou-se nos mangás e na literatura japonesa de ficção, criando mundos pós ou pré-apocalípticos, onde a ciência e a magia se mesclam. 
Em sua tríade Metamorfoses, a magia sobrenatural está presente, bem como o Amor, novamente representado em três formas distintas e igualmente belas: Casulo & Mortalha, o amor à natureza e o esplendor da vida que renasce nas asas da borboleta e do anjo; Momento Efêmero, o amor adolescente pela magia do mundo das fadas e entes sobrenaturais; e finalmente, em Crianças de Deus, o amor aos animais, representados pelos pombos, tão injustamente maltratados pelo seres humanos.
Foi um grande prazer ler essa coletânea de Snake, e um privilégio ser a sua prefaciadora. E, tenho certeza, ninguém ficará indiferente a tantas manifestações distintas das emoções mais profundas do coração humano, presentes nos belos contos aqui escritos.

2 comentários:

beronique disse...

Muito legal essa ideia de colocar os contos não selecionados em uma obra,é dar um destino muito nobre pra eles, além de ser um passo e tanto criar o seu próprio livro, parabéns Snake!! ^^

Snake/// disse...

Obrigado, Beronique.

GRaças ao Clube de Autores (e similares), essas audácias são possíveis, rs. Afinal, para nós, nossos filhos são sempre bonitos XD

Espero ver o de vocês também: o seu, da Celly, da Maya...

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