sábado, 30 de junho de 2012

Blog em Off - Férias!

Voltaremos a nossa programação normal em Agosto!
Até lá, nos deixem suas novidades e atualizações no nosso email ;]
Abraços!!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Informe Casa de Rui Barbosa mês julho‏


Informe mensal -  1º a 31 de julho de 2012
Evento de lançamento
O livro “Música e história no longo século XIX” será lançado em evento que contará com a participação dos organizadores e a apresentação musical do grupo Art Metal Quinteto. Dia 6 de julho, às 18h30, no auditório. Entrada franca. Informações: (21) 3289-8616.


IV Encontro Luso-Brasileiro de Museus Casas

Estão abertas as inscrições para o seminário internacional dedicado ao debate dos revestimentos arquitetônicos dos interiores. A partir de 1º de julho. Informações: (21) 3289-4683 / museu@rb.gov.br.



III Seminário Internacional Políticas Culturais
O Setor de Pesquisa de Política e Culturas Comparadas anuncia os trabalhos selecionados para o III Seminário Internacional de Políticas Culturais, que acontece em setembro. Informações: (21) 3289-8609.


Prêmio Casa de Rui Barbosa 2012
O edital do concurso já pode ser consultado no portal. As monografias devem ser relacionadas aos acervos bibliográficos e arquivísticos da FCRB. Até 30 de julho de 2012. Informações: pesquisa@rb.gov.br / (21) 3289-4645.



Um domingo na Casa de Rui Barbosa
O projeto tem como tema a música e inclui na programação contação de história, oficina de percussão e visita dramatizada ao Museu. Dia 1º de julho, às 14h30, no jardim e no Museu Casa de Rui Barbosa. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4663.



Seminário Ano Internacional do Cooperativismo
Na semana em que se comemora o ano das cooperativas, a FRCB promove o seminário sobre o fortalecimento do modelo cooperativo no Brasil. Após os debates, lançamento do livro "Cooperativismo Contemporâneo", de Júlio Aurélio Vianna Lopes (pesquisador da FCRB). Dia 5 de julho, às 9h30, no auditório. Entrada Franca. Informações: (21) 3289-8614.



Memória & Informação
A série promove a palestra "Novos museus, novas tecnologias, novas formas de acervo", ministrada por Leonel Kaz, jornalista e curador do Museu do Futebol. Dia 11 de julho, às 14h30, na sala de cursos. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4677.



Memória & Informação
Palestra "A pesquisa em Arquivologia no Brasil e o papel dos centros universitários", ministrada por Paulo Elian, vice-diretor de Pesquisa, Educação e Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz). Dia 25 de julho, às 14h30, na sala de cursos. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4677.



Mesa-redonda e lançamentos de livros

Na ocasão serão lançados os seguintes livros: "Cartas de Murilo Mendes a correspondentes europeus”, “O civilista: Rui Barbosa no imaginário político dos chargistas brasileiros”, “A norma brasileira em construção: cartas a Rui Barbosa (1866 a 1899)” e “Discursos: 1923, v.48 das obras completas de Rui Barbosa”. Dia 31 de julho, às 17h, na sala de cursos. Entrada franca. Informações: (21)3289-8616.




Fundação Casa de Rui Barbosa
Rua São Clemente, 134 Botafogo
Rio de Janeiro
comunica@rb.gov.br

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Livro - A Torre, de Michel Fonseca

A Torre" é o primeiro livro da Saga “Os Sete Cavaleiros de Algord” e conta a historia de Mick Fronsac e seus seis amigos que são abduzidos para Galáxia Irione, mais precisamente para o planeta Tood-Sil’s, assim que chega Mick conhece a jovem Celina D’Kiet, mas logo são separados pelo Capitão Silk Aydu que leva Mick para o palácio Sil’s. Lá ele reencontra seus amigos e conhece o General Ivaniv Koor, que conta que eles são a reencarnação de sete cavaleiros que viveram em um planeta chamado Algord e que a misteriosa morte deles deu origem ao Império Sarac que domina a galáxia há mais de vinte anos sob a liderança do Imperador Telvarius Sarac.
Koor pede para eles se aliarem ao RAS “Revolução AntiSaracsista” que tem como seu principal objetivo derrubar o Império Sarac e devolver a liberdade para a galáxia, os sete jovens aceitam e se aliam ao movimento, começando assim um intenso treinamento de combate e de adaptação ao seu novo mundo.
Os Sete Cavaleiros de Algord iniciam uma guerra para reconquistarem a Torre de onde partem os Mops galácticos que cruzam o universo e que podem levá-los de volta para casa, mas ela foi dominada pelo império, que deseja utilizar os mops para expandir seu domínio pelo universo.”
O segundo livro será lançado em novembro e se chamara “Os 7 Cavaleiros de Algord – Face a Face”
Sinopse:
Face a Face" é o segundo livro da Saga “Os 7 Cavaleiros de Algord” onde cinco meses após a reconquista da Torre, Morales e Luiz são enviados ao planeta Ocheam com a missão de investigar o envolvimento do Império Sarac com os Piratas Galácticos no fornecimento de minério de lars para o império, sendo que este metal é somente comercializado pelo ganancioso Drirom Rentor.
Em meio a essa investigação eles acabam descobrindo que o império mantem secretamente uma fábrica de armas em uma região remota do planeta Ocheam e que o minério contrabandeado abastecia a fábrica. Mas a missão dos cavaleiros foi interrompida com uma mensagem do General Ivaniv Koor, que ordenou para que os dois retornassem a Tood-Sil’s para se reunirem aos outros e partirem para o planeta Algord.
Em Algord os cavaleiros ativam as sete torres para recebem uma mensagem holográfica do falecido rei de Algord Ted Tolemam que os ajudariam a desvendar o enigma sobre a morte dos Sete Cavaleiros de Algord. Mas a aparição de um misterioso cavaleiro abalará definitivamente os objetivos do RAS (Revolução Anti-Saracsista) fazendo Silanos e Ocheaneses se unirem aos Cavaleiros de Algord mais uma vez para destruírem a fábrica de armas e descobrirem a identidade do misterioso cavaleiro das sombras.”
 
 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Resenha - Paganus, de Simone Marques


Meu Achismo:
Demorei um bocado para adquirir meu exemplar de Paganus, por acreditar que ele fosse mais um livro sobre bruxas de Literatura Fantástica, até que pintou uma ótima oportunidade de uma promoção pelas mãos da própria autoras, Simone Marques, que aproveitei mais pela vontade de conhecer o trabalho dela (que, até então, só conhecia alguns poucos contos).
Assim como ocorreu com Os Deuses do Mar, do qual apenas conhecia os 3 capítulos que ilustrei, Paganus me surpreendeu muito! Acreditava, sim, que seria um bom livro, bem escrito e trabalhado, mas não esperava pela história densa, profunda e rica que é o livro, na realidade!
Paganus relata uma história sobre “bruxas”, mas não essas bruxas fantasiosas com varinhas de condão. Fala sobre o Povo da Terra e a Magia Natural que se extrai da comunhão com a Natureza e da manipulação consciente de energias.
Aliás, Paganus NÃO É Literatura Fantástica, com a graça de Deus e do Divino Espírito Santo, amém! Mas, sim, um Romance de Época, quase um Histórico, e dos melhores que já li!

A história se inicia no século 17, com os gêmeos Diogo e Douglas Couto, idênticos na aparência, profundamente diferentes no coração, e como tudo muda completamente com a morte prematura da mãe. O pai, Mario Couto, um fraco que pensa ser forte, se entregou à escuridão de seu próprio espírito quando perdeu a esposa, única capaz de mantê-lo à superfície de suas trevas, perdendo-se completamente em seu rancor, resolvendo descontar a sua raiva no mundo.

Passou a treinar arduamente os filhos para a guerra e assumiu o comando da Vila dos Canetos, em Portugal, onde se passa toda a trama, tornando-se um “Dom” e assumindo naquela região a caça às bruxas da Igreja, levando dor, desgraça e destruição às pessoas simples do campo, acusadas das coisas mais horríveis que elas próprias jamais ouviram falar!

A revolta e a indignação são dois sentimentos que te acompanham em quase toda a leitura do livro. Na verdade, há poucos momentos de leveza e descontração, pois a história é alicerçada sobre fatos verídicos e muito tristes (sobre como a Igreja Católica e os perversos que a serviram, destroçaram vidas inteiras, populações inteiras, em nome de uma fé que era apenas uma máscara para encobrir a mais cruel maldade fomentada pelo ser humano). Se já é revoltante que um qualquer apareça e dê pitacos em sua vida, imagine alguém chegar e destruir a tua casa, matar tua gente, só porque você não reza pelo Deus dele! E esse episódio macabro, doentio, que durou séculos, faz parte dos anais da Igreja. Ainda mais revoltante é ver que tal demência perdure ainda nos dias de hoje, embora não se acenda mais piras e queime pessoas (literalmente), mas meter-se com a fé dos outros, dizendo que a sua é a certa e que os outros são os errados, que a sua é de Deus e o resto é do capeta, é tão canalha e hediondo quanto foi a Inquisição.

Voltando ao livro...

Os gêmeos se tornaram homens, ainda tão iguais na aparência, ainda completamente diferentes no cerne. E são obrigados pelo pai a servi-lo em suas caçadas às bruxas, matando inocentes e destruindo vilas. Mas em uma dessas vilas, a vida destes três homens sofre grande mudança, em especial a Diogo, o que era o bondoso e o justo da família, um “cristão com coração de pagão”.

Gleide é a que pode ser verdadeiramente chamada de sacerdotisa da Grande Mãe. Mulher de muita fibra, mas rígida como uma rocha que, apesar de não esmorecer, também machuca. É conhecedora das ervas e possui uma mediunidade muito forte. Na história, pode ser personificada com a face anciã da Deusa, Morrigan. Gostei mais dela no início, mas depois ela me pareceu mais uma velha safada. Ter a sexualidade livre é uma coisa, comportar-se como um animal, é outra. Achei nojenta essa coisa dela de usar o sexo para controlar os homens. É engraçado como uma mulher que quer se mostrar tão superior aos homens se comporte como eles, enfim. Felizmente isso não é uma constante no livro e é mais uma descrição do comportamento da personagem do que propriamente fatos determinantes. Ainda assim é uma personagem que dá vontade de socar às vezes!

Adele é a única filha de Gleide e surge na história como uma moça de 17 anos às vésperas do parto da filha, Danieli. Ela personifica a face mãe da Deus, Dana. É amorosa, romântica e muito compreensiva, apesar da mãe que tem. Diogo se encanta pela beleza da moça e a construção do relacionamento deles é linda! Aliás, as melhores cenas do livro está, em maior parte, na fuga de Adele, Gleide e Diogo, depois que a família do rapaz destruiu a aldeia das mulheres e Douglas quase matou o irmão queimado ao incendiar a casa delas.
Diogo é um dos gêmeos, que cresceu e se tornou um homem belo mas justo. Dotado de verdadeira honra e bondade, porém Simone Marques nos livra dos pieguismos do “otarismo” que geralmente esse tipo de personagem sofre. Ele é bom e justo, mas é forte e firme e se impõe quando acredita ser necessário, mesmo que tenha que tomar atitudes drásticas. A cena de luta dele com o irmão e o último diálogo que tem com o pai em seu leito de morte são antológicos! É um ótimo personagem, um bom modelo para ser seguido na vida real.

E Adele e Diogo formam um casal alquímico, do tipo sonho de consumo para qualquer uma de nós!

Danieli é o bebê de Adele, que nasce na primeira parte do livro. O carinho com que Diogo trata a menina chega a ser comovente. Há uma cena lindíssima em que Diogo ajuda Adele, exausta e meio adoentada, a amamentar a criança!

Na segunda parte, Danieli já é uma moça, e Adele, Diogo e Gleide são colocados numa posição de menor importância na trama. A garota representa a face donzela da Deusa, Brigith. Por ser bonita demais, acaba caindo na ambição luxuriosa de um figurão, dono de vila, e tem que fugir da aldeia em que vivia pacificamente com os pais, a avó e o irmãozinho mais novo, Angus (Mateus). A aldeia paga muito caro por essa fuga e essa é só das primeiras desgraças que estarão no encalço da jovem.

Para se ver livre da ambição do figurão, Danieli acaba noiva de Guilherme, um rapazinho insignificante e apagado. Mas a Simone Marques é muito boa com suas leitoras, então é com grande alívio que se descobre que o ajudante de ferreiro é apenas um elo de conexão.

O livro termina com promessas de continuação. Danieli parte de Portugal para o Brasil, com seu irmãozinho Mateus, com o cara certo Antônio (irmão de Guilherme) e com o bebê em seu ventre, que será a sua maior missão perante a Grande Mãe.

Achismo Final:

O livro é longo e complexo. Tive a impressão de que há 2 histórias num só livro, o que acabou sobrecarregando muito com informações, deixando difícil a tarefa de resenhar. No meu humilde achismo, preferia transformar em dois livros distintos, formando uma série.
É um Romance de Época, é uma Ficção que retrata com riquezas de detalhes uma época conturbada de fins de Idade Média, já entrando no Iluminismo, mostrando um Portugal que chegava ao final de sua glória e a descoberta e povoamento de novas terras, em especial o Brasil, que se tornará o coração do mundo, onde Danieli tem a sua missão a cumprir.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Entrevista - Kamila Borges

A entrevistada da semana é Kamila Borges, autora da Saga Preciosa, tendo o primeiro livro da série recentemente lançado pelo Clube de Autores, Cristal.
Finalmente, as meninas estão mostrando as caras por aqui \o/ Bravo!

A Escritora:

Quando começou a escrever?
Eu tinha uns nove ou dez anos. No início eram apenas estórias “bestinhas” de quatro a cinco folhas, nem sequer tinham falas, mas lembro que eu as relia como se fossem tesouros.

Por que escreve?
Eu era muito nova quando comecei, mas aos 15 anos que comecei levar isso á sério. No início era apenas pra passar o tempo, mas depois me vi em meio a um caos familiar e a única forma que consegui superar isso foi escrevendo, uma vez que ninguém parecia se importar.

O que gostaria de alcançar com a sua Literatura?
O mundo, se possível. Como escritora, quero ser, mais do que tudo, reconhecida pelo meu talento. Não me importo em não ter meu nome exposto por aí, com tanto que meus livros tenham o reconhecimento que merecem.

Qual tema ou assunto que gostaria muito de abordar?
Queria escrever um livro onde as pessoas o lessem e se motivassem a seguir com seus objetivos, mas como eu mesma ainda não alcancei nem a metade deles, creio que isso não seja possível no momento.

O que a motiva?
Antes de tudo, minha rotina: quanto mais sem graça e monótona, mais inspiração pra escrever – estranho eu sei, mas só escrevo quando desejo fugir um pouco.

Qual a sua maior inspiração?
Músicas, meus amigos loucos, até mesmo um pássaro já me inspirou a criar capítulos. Tudo o que tem vida me inspira.

O que mais atrapalha?
Falta de ânimo, às vezes é preciso ouvir um “você é boa” ou “cara, vai arrumar qualquer coisa pra fazer, menos escrever”, sendo construtivo ou não, faz uma grande diferença.

Qual seria o cenário perfeito para trabalhar na sua Literatura?
Quando quero, escrevo em qualquer lugar, mas geralmente isso acontece quando estou na sala de aula ou no meu quarto, com apenas minhas músicas internacionais ou românticas.

Como é o seu processo de criação?
Primeiro crio o enredo; em seguida os personagens. Gosto de jogar tudo pra cima dos personagens. Dependendo do perfil de cada um que eu dou continuidade à obra. Simplesmente sai, sem esforço.


A Leitora:

Qual o primeiro livro que leu e marcou a memória?
Sem dúvidas, Crepúsculo. Apesar de achá-lo meio bobo, a estória me cativou, exatamente por isso, por ser diferente e ainda assim ingênuo e banal.

Qual a obra mais marcante?
Cristal. Quando a escrevi tinha 15 anos, estava passando por um estresse muito forte, ela me ajudou a superar tudo.

Não vendo. Não troco. Não empresto.
Todos! Odeio trocar livros e emprestá-los – a não ser que ele seja realmente muito ruim – muito menos vendê-lo, pra mim livros são mais pessoais que roupas. Sou extremamente ciumenta com eles.

Qual o gênero ou estilo literário favorito para leitura?
Fantasia, romance, de tudo um pouco, tendo uma boa escrita e ótimos personagens, pra mim está valendo.

Onde, quando e como faz suas leituras?
Sou viciada em livros, literalmente, se compro um ou ganho não descanso até não acabá-lo.

O que muito gostaria de ler, mas ainda não encontrou oportunidade?
Tantos, mas no momento o que estou morrendo pra ler é Anjo Mecânico... acho que a culpa é da capa.

Qual livro recomendaria?
A Cabana, ele foi um dos principais responsáveis pra minha “volta” quando estava em crise.

A Autora:

Faça uma breve apresentação de sua obra mais recente.
Ao longo dos seus poucos anos de vida, Lana nunca imaginou qual seria a verdadeira origem do sangue corrente em suas veias, mas ao mesmo tempo em que a verdade, antes velada, vem à tona, com ela as inúmeras consequências de assumir o futuro de um passado que não lhe pertence.
Cristal trata-se de um recomeço, uma garota quase translúcida, ao mesmo tempo invisível e clara, mas acima disso, respostas reveladas - as quais seus principais alvos não haviam feito perguntas - uma paixão que é movida pelo instinto de sobrevivência, um enigma sem precedentes, apenas uma palavra, e então tudo estaria acabado.

Quais foram as inspirações para essa obra?
A banda 30 Seconds To Mars, principalmente sua música The Kill

Qual foi a parte mais legal de escrever?
Lana, a personagem principal, tem algumas características minhas. Foi legal criar uma personagem em que eu me identificasse, eu sempre quis viver no meio da fantasia, e escrever foi um meio fácil e rápido de poder viver isso.

Qual a mais trabalhosa?
Sem duvidas criar Thor – um dos protagonistas – eu queria um cara interessante, onde as pessoas vissem mais do que beleza física, uma pessoa profunda. Foi um pouco trabalhoso nessa parte porque eu não tinha em quem me inspirar, ou seja, tudo foi minunciosamente inventado.

Fale sobre as suas personagens favoritas:
Lana é minha favorita, ela é muito complexa e humana, por isso eu amo escrever sobre ela, principalmente pela maneira como ela amadurece ao decorrer da estória.
Thor, por ter sido o mais trabalhoso, é o que me dá mais orgulho pelas falas desconexas e sarcásticas.
Cairo, pelo seu egoísmo bem disfarçado em bondade.
 
No que gostaria de transformar a Saga Preciosa?
Cristal – um seriado, seria interessante ver todos meus filhos “retratados” em personagens físicos e reais.

Quais os seus contatos e onde poderíamos adquirir as suas obras?
Nesses links:

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Entrevista - Bruna Longobucco

Finalmente uma menina autora nos cedeu uma entrevista \o/ Trata-se de Bruna Longobucco, autora de “Centúrias”, lançado em 2010 pela Editora Novo Século.

A Escritora:

Quando começou a escrever?
Comecei a escrever aos oito anos. Rabiscava uns versinhos.

Por que escreve?
Por paixão e, levando em conta as dificuldades por que passam os autores nacionais, também por teimosia, claro. Rs...

O que gostaria de alcançar com a sua Literatura?
O leitor. Eu costumava divulgar em minha biografia: “meu objetivo maior é criar e recriar mundos, lugares e momentos, sensibilizando os leitores a quem minhas obras se destinam”.

Qual tema ou assunto que gostaria muito de abordar, mas ainda não sente a necessidade de fazê-lo agora?
Política.

O que a motiva?
O sonho.  

Qual a sua maior inspiração?
A vida.

O que mais atrapalha?
A ausência de inspiração está em primeiro lugar. Obra concluída, o segundo lugar vai para as dificuldades em se publicar os originais. Problemas que vão desde os custos para edição até a distribuição dos exemplares.

Qual seria o cenário perfeito para trabalhar na sua Literatura?
Amo fazendas e o contato com a terra e os animais alimenta minha criatividade, mas o melhor cenário para o livro é aquele que traz a imaginação. Seja chuva, sol, praia ou interior, quando a inspiração chega um mundo novo se abre e aí é só mergulhar na história.

Como é o seu processo de criação?
Se estou inspirada, apenas escrevo. Geralmente digito, mas se não tiver um computador, tenho sempre um caderno comigo. Uma vez a história digitalizada e concluída, vem a etapa da revisão, lapidação e pesquisas.

A Leitora:

Qual o primeiro livro que leu e marcou a memória?
De criança: Contos e lendas dos Irmãos Grimm, uma edição bem antiga. Depois, em cada fase da vida houve um livro que me marcou.

Qual a obra mais marcante?
E o vento levou, Margaret Mitchell.

Não vendo. Não troco. Não empresto.
Orgulho e preconceito, de Jane Austen.

Qual o gênero e estilo literário favorito para leitura?
Romance.

Onde, quando e como faz suas leituras?
Gosto de ler em meu quarto ou ao ar livre, lugares calmos e quietos como um jardim, um sítio. Solidão e silêncio são fundamentais. Naquele momento só existe o livro.

O que muito gostaria de ler, mas ainda não encontrou oportunidade?
Todos os livros que chamam minha atenção. E são muitos... então, preciso escolher. Uma verdadeira fila.

Qual livro recomendaria?
Para cada público e objetivo, existe um livro. Mas um dos livros que indico é A última grande lição, de Mitch Albom.

A Autora:

Faça uma breve apresentação de sua obra mais recente.
Duas Luas é um livro simples e real.
“Quando crianças, a mudança para a região de Canoa Velha, interior de Minas Gerais, entrelaçou os destinos de Gustavo e Clarissa. E a amizade de infância que nasceu do interesse pelos livros, um dia se transformou em amor. Duas Luas é um livro que traz conflitos familiares e sociais, mas também fala de sonhos, de possibilidades e realizações.”

Quais foram as inspirações para essa obra?
Como inspirações tive o cenário do interior mineiro e a capacidade que a Literatura tem de chegar a lugares distantes e alimentar sonhos no coração de uma criança pobre de recursos, mas rica de iniciativas.  

Qual foi a parte mais legal de escrever?
Falar do que conheço. “Duas Luas” é uma história que tem muito de meu chão e contexto.

Enumere todos os livros que escreveu, inclusive em coautorias, na ordem do mais recente ao mais antigo, e descreva brevemente o significado de cada obra para você:
O Menino que Tecia Sonhos é um conto de 55 páginas que gira em torno de uma lenda. Em Pedra Azul, lugarzinho no interior de Minas Gerais, Mauá, um contador de histórias nato e precoce, ganha a adoração dos moradores da Vila e a antipatia de um padre malvado. Por obra de seu algoz, o menino desaparece, mas sua história ganha força e atravessa o tempo na região. É assim que conhecemos Clara, uma doce criança que perdeu a visão aos dois anos de idade. Como Mauá, ela sofre por atitudes de um adulto cruel, mas um encontro mágico e inesperado transforma sua vida. 

Além das Nuvens é um livro em formato de bolso que reúne minicontos com ensinamentos para a vida. 

Em Luz do Sol acompanhamos a história da órfã Cendi e o romance de Letícia (filha de um fazendeiro rico e autoritário) e Amin (um trabalhador rural mestiço). É mais uma história sobre a vida... Afinal, pode o amor superar um passado repleto de intrigas, dores e preconceitos? 

O Vale da Liberdade é um romance histórico. Os personagens principais são Pedro e Celi, amigos de infância que o destino uniu na defesa de um ideal: a abolição. Inesperadamente, eles se veem enredados num casamento de aparências e isso muda tudo. Numa época em que as diferenças percorriam caminhos sinuosos e palavras veladas traziam traições inesperadas, um Vale sofreu as marcas do destino: conheceu o amor, a dor e muitas estações desfilaram entre as folhas do altivo Ipê, antes que, enfim, os grilhões de um passado arcaico se rompessem e desvendassem toda a beleza do horizonte que circundava a região do Pilar...

Um outro olhar traz contos e crônicas como “A dama da tarde”, “O ladrão de sonhos”, “Rosas do Tempo” etc.

Meu caminho de lua é uma reunião de meus poemas, a maioria deles publicados em antologias.

Sem destino é meu romance do coração. Como muitos de meus originais, tem como cenário Minas Gerais. O enredo traz uma personagem forte, que desperta ódio e admiração: Helena. Ela é uma jovem em conflito, com um comportamento intempestivo e egoísta, marcada por acontecimentos do passado e uma relação tumultuada com o pai. Vê-se em caos e completamente sem rumo quando um incidente muda sua vida e passa a residir na fazenda que herdou de sua mãe, lugar que guarda grande parte de sua infância e adolescência. Lá reencontra o amor, experimenta inúmeros contratempos e sofre uma completa inversão de valores. Ao longo da obra, acompanhamos o amadurecimento da personagem vivenciando suas dúvidas e dilemas, mas, também, experimentamos uma paixão explosiva e arrebatadora.

Centúrias é um romance sobrenatural que traz a história de Aylá Levale e Igor Telfort, adolescentes de famílias rivais que descobrem ser descendentes de duas ordens milenares de bruxaria: as Centurianas e os Dargais. O enredo constrói uma fantasia repleta de aventuras, divertida e envolvente.

Destas obras que citou, qual a mais curtiu?
Curti todas, mas como eu disse, Sem destino é meu romance do coração. Agora, não posso deixar de falar de Centúrias. A energia do livro era tão boa quando o escrevia que ria sozinha. Isso acontece toda vez que retomo sua continuação.  

Qual foi mais trabalhosa? 
Centúrias.

Qual superou as suas expectativas?
Sem destino.

Qual reescreveria ou daria continuidade?
Sem destino e Centúrias.

Fale sobre o seu personagem favorito e o que há nele para ser o dileto?
Helena. Ela é frágil e ao mesmo tempo forte. Faz você amá-la e ao mesmo tempo odiá-la. Ela é dileta justamente por não ser monótona. Suas atitudes não se justificam e ela não é nada previsível.

No que gostaria de transformar a sua obra mais recente?
Ah, sem dúvida, se eu pudesse transformaria “Centúrias” em um filme.

Quais os seus contatos e onde poderíamos adquirir as suas obras?
blogs:

Bruna Longobucco

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Resenha – Encruzilhada, de Ademir Pascale.

“Um padre ganancioso, frio e calculista, através de um ritual macabro, liberta um dos cinco príncipes do inferno. Um jovem de dezenove anos passa por problemas amorosos, financeiros e familiares. Um pugilista, cansado de ser humilhado desde a infância, tenta alcançar a fama a qualquer preço. Três pessoas distintas, mas que possuem uma forte ligação.”

Meu Achismo:

Eu diria que o livro “Encruzilhada” é a Literatura Fantástica mais brasileira de toda essa recente leva, pelos personagens e suas vidas desgraçadas, pelas situações, pelos cenários de um Brasil caótico da maior metrópole quanto do interiorano, e, principalmente, pela forma com a qual o fantástico se faz presente. Quer forma mais brasileira de se fazer magia do que um ebó oferecido numa encruzilhada a meia-noite?

Há dois itens na trama de que gosto muito e que não vemos outros escritores trabalhando sobre eles: Demônios e espiritualismo (no sentindo mais amplo que esses dois termos invocam e que nada tem a ver com religião).

Allan é um rapaz de 19 anos, fudido e mal pago (mesmo!). Apesar de lindo *-* (vê-se pela capa feita pela ótima Carolina Mylius), a garota que ama nada quer com ele por ser pobre (tá certa: beleza e amor não pagam contas :P). Apesar de honesto e trabalhador, a família o abandonou. Apesar de ser um bom funcionário, o patrão o sacaneia. Apesar de trabalhar, praticamente passa fome porque o mísero salário mal dá para as contas.

E aí? Identificou-se em algo?

É mesmo uma realidade muito dura e cruel para um jovem que apenas está começando a vida.

E entre emprego ruim, twitter, DVDs de terror, HQs e rock pesado, Allan vai empurrando sua vidinha, como faz a maioria de nós – ou todos nós!

Anderson Gutierres é um outro personagem fudido e mal pago, mas de uma forma tal que faz Allan parecer um rebelde sem causa. Desgraçado e maltratado desde a infância, tudo na vida de Anderson deu errado, por mais que ele se esforçasse por mudar esse quadro – e o rapaz realmente se esforçava!

Bezequiel é um padre. Se comparado a sua juventude com as de Allan e Anderson, ele tivera uma vida de príncipe! Seguiu a carreira pela qual parecia ter vocação e pode dedicar muitos anos de estudos e pesquisas para aplacar sua fome de saber. Mas o que Bezequiel possuía não lhe era suficiente. E queria mais! Tanto que se embrenhou no interior do Piauí, atrás de um velho curandeiro que sabia onde ficava a entrada para o Inferno! E o padre era ingênuo e ambicioso o suficiente para ir até essa entrada e libertar o Demônio Asmodeus, crendo que tornaria seu amo e que teria seus desejos realizados.

E o que há de semelhante na trajetória desses três personagens?

A presença de asmodeus!

O prefácio é da fabulosa Laura Elias ;)
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