segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Lira Neto - Maysa - Só numa multidão de amores [resenha]


Maysa - Só numa multidão de amores - Lira Neto

"Deusa das canções de dor-de-cotovelo", "rainha da música de fossa", "Edith Piaf dos trópicos", a cantora e compositora Maysa foi uma personalidade muito mais complexa do que sugere sua imagem pública. Autora de clássicos da música brasileira como "Ouça" e "Meu mundo caiu", a artista nascida no Rio de Janeiro em 1936 é tema dessa biografia escrita pelo jornalista Lira Neto a partir de pesquisas em arquivos familiares, de entrevistas com cerca de 200 pessoas (parentes, amigos, ex-namorados, ex-maridos, músicos, produtores) e, sobretudo, com base no acesso irrestrito ao diário íntimo de Maysa. O resultado é um retrato cheio de nuances de uma cantora que não apenas se tornou um ícone da vida boêmia, mas foi ela mesma uma cronista da vida noturna, escrevendo as letras de muitas de suas canções - num trânsito incessante entre as figuras da musa e da poeta. 


O QUE ACHEI:
Gostei muitíssimo do livro, que é completo, mostrando a face verdadeira da mulher que apostava todas as fichas em tudo o que fazia e em tudo o que desejava. E ela não tinha papas na língua, não tinha medo de ninguém, não deixava de correr atrás do que queria. 


Talvez o erro maior de sua vida curta e estupenda tenha sido justamente essa característica: A de apostar tudo em um determinado sonho. E eram variados os sonhos de Maysa e nem todos realizados... Mulher forte e frágil ao mesmo tempo, atirada e tímida, à frente do seu tempo, um ícone da mulher moderna que entretanto, foi mal compreendida numa época em que "mulher honesta e correta" era a que ficava em casa, submissa ao pai e depois ao marido. Maysa teve seus erros como todos nós, porém seu legado foi imenso. O livro de Lira Neto expressa isso e muito mais, numa narrativa ágil e perfeita. 
Recomendo esse livro e dou nota máxima.
Excelente!


1 comentários:

Jossi disse...

Valeu a postagem, Pat. Maysa foi uma musa maravilhosa, comparável à linda e incompreendida Marilyn Monroe.

As duas viveram intensamente, foram incompreendidas, sonharam muito, amaram demais, desejaram demais o amor de uma família... não sei se, por obra do destino implacável ou por atitudes e erros, ambas sofreram muito, sem jamais alcançar o maior bem de suas vidas: Uma pacata vida repleta de amor. Tiveram dinheiro, fama, glórias efêmeras, amores fáceis e volúveis, mas jamais o amor verdadeiro.

Ambas tiveram morte trágica... a vida delas nos serve de lição, mas também nos comove.

:)

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