Finalmente uma menina autora nos cedeu uma
entrevista \o/ Trata-se de Bruna Longobucco, autora de “Centúrias”,
lançado em 2010 pela Editora Novo Século.
A Escritora:
Quando começou a escrever?
Comecei a escrever aos oito anos. Rabiscava uns
versinhos.
Por que escreve?
Por paixão e, levando em conta as dificuldades
por que passam os autores nacionais, também por teimosia, claro. Rs...
O que gostaria de alcançar com a sua
Literatura?
O leitor. Eu costumava divulgar em minha
biografia: “meu objetivo maior é criar
e recriar mundos, lugares e momentos, sensibilizando os leitores a quem minhas
obras se destinam”.
Qual tema ou assunto que gostaria muito de
abordar, mas ainda não sente a necessidade de fazê-lo agora?
Política.
O que a motiva?
O sonho.
Qual a sua maior inspiração?
A vida.
O que mais atrapalha?
A ausência de inspiração está em primeiro
lugar. Obra concluída, o segundo lugar vai para as dificuldades em se publicar
os originais. Problemas
que vão desde os custos para edição até a distribuição dos exemplares.
Qual seria o cenário perfeito para trabalhar na
sua Literatura?
Amo fazendas e o contato com a terra e os
animais alimenta minha criatividade, mas o melhor cenário para o livro é aquele
que traz a imaginação. Seja chuva, sol, praia ou interior, quando a inspiração
chega um mundo novo se abre e aí é só mergulhar na história.
Como
é o seu processo de criação?
Se
estou inspirada, apenas escrevo. Geralmente digito, mas se não tiver um
computador, tenho sempre um caderno comigo. Uma vez a história digitalizada e
concluída, vem a etapa da revisão, lapidação e pesquisas.
A Leitora:
Qual o primeiro livro que leu e marcou a
memória?
De criança: Contos
e lendas dos Irmãos Grimm, uma edição bem antiga. Depois, em cada fase da
vida houve um livro que me marcou.
Qual a obra mais marcante?
E
o vento levou, Margaret
Mitchell.
Não vendo. Não troco. Não empresto.
Orgulho
e preconceito, de Jane Austen.
Qual o gênero e estilo literário favorito para
leitura?
Romance.
Onde, quando e como faz suas leituras?
Gosto de ler em meu quarto ou ao ar livre,
lugares calmos e quietos como um jardim, um sítio. Solidão e silêncio são
fundamentais. Naquele momento só existe o livro.
O que muito gostaria de ler, mas ainda não
encontrou oportunidade?
Todos os livros que chamam minha atenção. E são
muitos... então, preciso escolher. Uma verdadeira fila.
Qual livro recomendaria?
Para cada público e objetivo, existe um livro.
Mas um dos livros que indico é A última
grande lição, de Mitch Albom.
A Autora:
Faça uma breve apresentação de sua obra mais
recente.
Duas
Luas é um livro simples e real.
“Quando
crianças, a mudança para a região de Canoa Velha, interior de Minas Gerais,
entrelaçou os destinos de Gustavo e Clarissa. E a amizade de infância que
nasceu do interesse pelos livros, um dia se transformou em amor. Duas Luas
é um livro que traz conflitos familiares e sociais, mas também fala de sonhos,
de possibilidades e realizações.”
Quais foram as inspirações para essa obra?
Como inspirações tive o cenário do interior
mineiro e a capacidade que a Literatura tem de chegar a lugares distantes e
alimentar sonhos no coração de uma criança pobre de recursos, mas rica de
iniciativas.
Qual foi a parte mais legal de escrever?
Falar do que conheço. “Duas Luas” é uma
história que tem muito de meu chão e contexto.
Enumere todos os livros que escreveu, inclusive
em coautorias, na ordem do mais recente ao mais antigo, e descreva brevemente o
significado de cada obra para você:
O Menino que
Tecia Sonhos
é um conto de 55 páginas que gira em torno de uma lenda. Em Pedra Azul,
lugarzinho no interior de Minas Gerais, Mauá, um contador de histórias nato e
precoce, ganha a adoração dos moradores da Vila e a antipatia de um padre
malvado. Por obra de seu algoz, o menino desaparece, mas sua história ganha
força e atravessa o tempo na região. É assim que conhecemos Clara, uma doce
criança que perdeu a visão aos dois anos de idade. Como Mauá, ela sofre por
atitudes de um adulto cruel, mas um encontro mágico e inesperado transforma sua
vida.
Além das
Nuvens é
um livro em formato de bolso que reúne minicontos com ensinamentos para a
vida.
Em Luz do
Sol
acompanhamos a história da órfã Cendi e o romance de Letícia (filha de um
fazendeiro rico e autoritário) e Amin (um trabalhador rural mestiço). É mais
uma história sobre a vida... Afinal, pode o amor superar um passado repleto de
intrigas, dores e preconceitos?
O Vale da
Liberdade
é um romance histórico. Os personagens principais são Pedro e Celi, amigos de
infância que o destino uniu na defesa de um ideal: a abolição. Inesperadamente,
eles se veem enredados num casamento de aparências e isso muda tudo. Numa época em que as diferenças percorriam
caminhos sinuosos e palavras veladas traziam traições inesperadas, um Vale
sofreu as marcas do destino: conheceu o amor, a dor e muitas estações
desfilaram entre as folhas do altivo Ipê, antes que, enfim, os grilhões de um
passado arcaico se rompessem e desvendassem toda a beleza do horizonte que
circundava a região do Pilar...
Um outro
olhar traz
contos e crônicas como “A dama da tarde”, “O ladrão de sonhos”, “Rosas do
Tempo” etc.
Meu caminho de
lua é uma
reunião de meus poemas, a maioria deles publicados em antologias.
Sem destino é meu romance do coração. Como muitos de meus
originais, tem como cenário Minas
Gerais. O enredo traz uma personagem forte, que desperta ódio e
admiração: Helena. Ela é uma jovem em conflito, com um comportamento
intempestivo e egoísta, marcada por acontecimentos do passado e uma relação
tumultuada com o pai. Vê-se em caos e completamente sem rumo quando um
incidente muda sua vida e passa a residir na fazenda que herdou de sua mãe,
lugar que guarda grande parte de sua infância e adolescência. Lá reencontra o
amor, experimenta inúmeros contratempos e sofre uma completa inversão de
valores. Ao longo da obra, acompanhamos o amadurecimento da personagem
vivenciando suas dúvidas e dilemas, mas, também, experimentamos uma paixão
explosiva e arrebatadora.
Centúrias é um romance sobrenatural que
traz a história de Aylá Levale e Igor Telfort, adolescentes de famílias rivais
que descobrem ser descendentes de duas ordens milenares de bruxaria: as
Centurianas e os Dargais. O enredo constrói uma fantasia repleta de aventuras,
divertida e envolvente.
Destas obras que citou, qual a mais curtiu?
Curti todas, mas como eu disse, Sem destino é meu romance do coração. Agora, não posso deixar de
falar de Centúrias. A energia do
livro era tão boa quando o escrevia que ria sozinha. Isso acontece toda vez que
retomo sua continuação.
Qual foi mais trabalhosa?
Centúrias.
Qual superou as suas expectativas?
Sem destino.
Qual reescreveria ou daria continuidade?
Sem destino e Centúrias.
Fale sobre o seu personagem favorito e o que há
nele para ser o dileto?
Helena. Ela é frágil e ao mesmo tempo forte.
Faz você amá-la e ao mesmo tempo odiá-la. Ela é dileta justamente por não ser
monótona. Suas atitudes não se justificam e ela não é nada previsível.
No que gostaria de transformar a sua obra mais
recente?
Ah, sem dúvida, se eu pudesse transformaria
“Centúrias” em um filme.
Quais os seus contatos e onde poderíamos
adquirir as suas obras?
blogs:
e-mail: blongobucco@hotmail.com
Bruna Longobucco
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