sexta-feira, 16 de março de 2012

Entrevista - César Soares Farias

O Entrevistado da semana é CÉSAR SOARES, autor do livro "O Grande Pajé".

O Escritor:

Quando começou a escrever?
Por incrível que pareça, comecei escrevendo uma autobiografia dos meus primeiros 19 anos de vida. Talvez, daqui há alguns anos, quando a fama me abraçar, os leitores se interessarão por ela.

Por que escreve?
Utilizo a escrita como forma de expressão. Através dela ataco e me defendo. 

O que gostaria de alcançar com a sua Literatura?
O clichê “salvar o mundo” até hoje me atrai.

Qual tema ou assunto que gostaria muito de abordar, mas ainda não sente a necessidade de fazê-lo agora?
Literatura infantil.

O que o motiva?
A renovação dos tempos, segundo consta nos livros sagrados.

O que mais atrapalha?
Barulho e álcool.

Qual seria o cenário perfeito para trabalhar na sua Literatura?
De preferência à noite, em silêncio, uma hora após fumar minha ganja e organizar as idéias.


O Leitor:

Qual o primeiro livro que leu e marcou a memória?
“A Ilha Perdida” de Maria José Dupré (acho que é esse o nome dela.

Qual a obra mais marcante?
“O Exorcista”. Deu medo...

Não vendo. Não troco. Não empresto.
“A Revolução dos Bichos”, de George Orwell.

Qual o gênero e estilo literário favoritos para leitura?
Basta que as idéias e a narrativa soem bem ao meu intelecto.

Onde, quando e como faz suas leituras?
Devido ao meu ritmo frenético de trabalhador assalariado, aos finais de semanas e feriados. Diariamente, apenas durante férias e licenças-prêmios.

O que muito gostaria de ler, mas ainda não encontrou oportunidade?
Hoje em dia, em plena era da Internet, praticamente inexistem livros inacessíveis. A questão é muito mais de tempo e oportunidade. Felizmente, até aqui, todos os livros que eu realmente desejei, consegui lê-los.

Qual livro recomendaria?
Novamente... “A Revolução dos Bichos”, pois numa linguagem didática e metafórica, retrata o que acontece quando homens medíocres têm em mãos o poder de ditarem as leis.

O Autor:

Faça uma breve apresentação de sua obra mais recente.
“O Grande Pajé”, originalmente, foi concebido há quase 20 anos atrás, em formato de romance. Na época, insatisfeito com o resultado final daquela minha 1ª aventura literária, engavetei-o sem pretensões de publicá-lo. Posteriormente, acabei descobrindo a minha real aptidão para histórias curtas, lançando uma coletânea em 2007. Logo em seguida, produzi novos contos e incorporei o texto de “O Grande Pajé”, em versão reduzida, na atual coletânea.

Quais foram as inspirações para essa obra?
Como se trata de uma coletânea, as inspirações foram as mais diversas

Enumere todos os livros que escreveu, inclusive em co-autorias, na ordem do mais recente ao mais antigo, e descreva brevemente o significado de cada obra para você:
“O Grande Pajé”, “Utopias Papareias” e a coletânea “Voo Independente 6” (participei com 1 poesia). Acho que os dois principais diferenciais entre o “Utopias...” e “O Grande Pajé”, meus dois trabalhos solos, é o tamanho dos textos e um comprometimento maior com temáticas sociais. No primeiro, os contos eram longos e a minha veia cronista sobrepujava-se em vários momentos da obra, sem grandes preocupações com a discussão de ideias. O cômico e o hilário foram elevados a um alto patamar e ditaram o ritmo daquele livro. Já nesse segundo, as histórias encurtaram e em cada uma delas (com exceção de “A mulher e a TV 29’”) há um objetivo definido à conduzir o leitor.

Destas obras que citou, qual a mais curtiu?
“O Grande Pajé”, pois aprimorei nele alguns conceitos que amadureceram entre um e outro.

Qual foi mais trabalhosa? 
Também a última.

Qual superou as suas expectativas?
Minha principal expectativa é superar, em vários quesitos, o desempenho da minha obra anterior. Tenho conseguido isso passo a passo, portanto considero prematura uma análise mais conclusiva desse aspecto.

Qual reescreveria ou daria continuidade?
Em “Utopias Papareias” tem um conto chamado “A Liga dos Judiados”, que termina com o desembarque de alguns rebeldes revolucionários numa ilha, em pequenos barcos de pescadores. Eles se decepcionaram com o prefeito da cidade deles e migraram pra uma “terra prometida” pra iniciar uma nova comunidade. Talvez, futuramente, eu dê sequência a essa história.

Fale sobre o seu personagem favorito e o que há nele para ser o dileto?
O Tupã de “O Grande Pajé”, pois faz uma junção entre Jesus Cristo e a sabedoria visionária e curativa dos pajés indígenas.

No que gostaria de transformar “O Grande Pagé”?
Talvez algum dia esse conto, “O Grande Pajé”, vire um curta-metragem.

Que tipos de afirmações estão contidas nesta obra?
Não faço afirmações. Apenas narro situações para que o leitor tire delas as suas impressões.

Quais são as mensagens que esta obra transmite ao leitor?
Consciência vegetariana, respeito às liberdades individuais e críticas à hipocrisia em vários níveis sociais.

Quais os seus contatos e aonde poderíamos adquirir as suas obras?
Sou meio reticente com essas tantas possibilidades da Internet, que demandam muito tempo pra desfrutá-las. Mesmo assim tenho um blog pra vender o meu livro:
http://experienciatitude.blogspot.com/
                               

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